4ª sessão

“Aura melancólica e o raio mágico da esperança”

– pintura e cinema, fantasia e realidade por processos simples.

Através de todas as notas
No sonho variado da Terra
Uma única nota suave
Pode ser ouvida por alguém que ouve furtivamente
Schlegel

Carina Martins, Vagueamos na noite sem sentido e somos devorados pelo fogo, 2019 – ongoing
Impressões jacto de tinta sobre papel Hahnemühle Baryta
140 x 93 cm 100 x 67 cm 80 x 53 cm 40 x 60 cm

O tecto fundo de oxigénio, de ar,
Estende-se ao comprido, ao meio das trapeiras;
Vêm lágrimas de luz dos astros com olheiras,
Enleva-me a quimera azul de transmigrar.
Cesário Verde

 

“Os irmãos Melvill, tão radiosos quanto o Sol, suplicavam ao astro que se pusesse num horizonte sem nuvens, que enviasse o seu último raio no fim do belo dia. E, alternadamente, ambos começaram a recitar poemas de Ossian”
(…)
Finalmente, apenas uma pequena porção do arco superior podia ser vista acima do mar.
– O Raio Verde! O Raio Verde! – exclamaram ao mesmo tempo o irmãos Melviil, a Sra. Bess e Partridge, que tiveram a visão, por um quarto de segundo, impregnada pelo incomparável reflexo do jade celestial.
Nem Olivier nem Helena viram o Raio Verde, que finalmente aparecera depois de tantas e infrutíferas observações, pois, quando o Sol dardejava os últimos raios do espaço, seus olhares cruzaram-se e, embevecidos, permaneceram em mútua contemplação!
Helena vira o raio negro lançado pelos olhos do rapaz, e Olivier, o raio azul que se desprendera dos olhos da jovem”
Júlio Verne, O raio verde, 1882

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